08/04/2012
Uma breve história do cinema
Desde que o homem é homem ele sempre tentou reproduzir o movimento.
A prova disso são os desenhos encontrados nas cavernas de Altamira na Espanha onde um bisão desenhado há 12 mil anos apresenta 8 patas como se o autor tentasse decompor o movimento.
A prova disso são os desenhos encontrados nas cavernas de Altamira na Espanha onde um bisão desenhado há 12 mil anos apresenta 8 patas como se o autor tentasse decompor o movimento.
Com o passar do tempo esse anseio de capturar os movimentos foi se tornando cada vez maior, um dos precursores deste desejo foi o Teatro de Sombras Chinês, teve suas origens por volta de 5.000 AC, na China. Era uma forma de propaganda política utilizada pela dinastia Ling, geralmente representando fantasias com dragões e guerreiros, mas essa arte transcendeu o aspecto político e passou a ser marca cultural do país. É uma projeção feita geralmente nas paredes ou até mesmo em telas de linho, as sombras captam os movimentos dos fantoches manipulados ou movimentos humanos, como faz a Companhia de Dança Polibolos, originária dos Estados Unidos, na Universidade de Darthmouth que utiliza esse jogo de sombras para crirar incríveis apresentações, reconhecida mundialmente e ganhadora de diversos prêmios importantes na área.A Câmara Escura foi um invento propagado por Leonardo Da Vinci no século XV, criada pelo físico Giambattista Della Porta, no século XVI que desenvolve uma caixa fechada com um pequeno orifício coberto por uma lente, a imagem é projetada de forma invertida, por pequenos raios de reflexos que entram pela caixa e a inscrevem no fundo da caixa.
Já a Lanterna Mágica tem seu funcionamento contrário ao da Câmara Escura, é utilizada também uma caixa, mas esta é cilíndrica, iluminada à vela e que projeta as imagens numa lâmina de vidro, criada pelo alemão Athanasius Kircher, na metade do século XVII.
Já a Lanterna Mágica tem seu funcionamento contrário ao da Câmara Escura, é utilizada também uma caixa, mas esta é cilíndrica, iluminada à vela e que projeta as imagens numa lâmina de vidro, criada pelo alemão Athanasius Kircher, na metade do século XVII.
No século XIX os franceses inventaram a fotografia.
Em 1833, o britânico W. G. Horner idealizou o zootrópio, jogo baseado na sucessão circular de imagens.
Em 1877, o francês Émile Reynaud criou o teatro óptico, combinação de lanterna mágica e espelhos para projetar filmes de desenhos numa tela.
Em 1833, o britânico W. G. Horner idealizou o zootrópio, jogo baseado na sucessão circular de imagens.
Em 1877, o francês Émile Reynaud criou o teatro óptico, combinação de lanterna mágica e espelhos para projetar filmes de desenhos numa tela.
Já então, em 1872, um milionário americano fez uma aposta. Ele garantiu que, quando o cavalo galopa, há um momento em que este fica com as 4 patas no ar.
O fotógrafo inglês Muybridge decidiu fazer a demonstração: colocou lado a lado 24 câmeras fotográficas presas por fios que, ao serem tocados pelas patas do cavalo, acionam as máquinas tirando 24 fotos que registram todos os movimentos do galope.
Ele provou assim que, de fato, há um momento em que as 4 patas não tocam o chão. Sem o saber, ele dava um passo fundamental para o nascimento do cinema. Eadweard Muybridge, nos Estados Unidos, experimentava o zoopraxinoscópio, decompondo em fotogramas corridas de cavalos.
O fotógrafo inglês Muybridge decidiu fazer a demonstração: colocou lado a lado 24 câmeras fotográficas presas por fios que, ao serem tocados pelas patas do cavalo, acionam as máquinas tirando 24 fotos que registram todos os movimentos do galope.
Ele provou assim que, de fato, há um momento em que as 4 patas não tocam o chão. Sem o saber, ele dava um passo fundamental para o nascimento do cinema. Eadweard Muybridge, nos Estados Unidos, experimentava o zoopraxinoscópio, decompondo em fotogramas corridas de cavalos.
Por fim, outro americano, o prolífico inventor Thomas Alva Edison, desenvolvia, com o auxílio do escocês William Kennedy Dickson, o filme de celulóide e um aparelho para a visão individual de filmes chamado cinetoscópio.
Foi na França, na época em que os pintores impressionistas decompõem o movimento e a luz, que nasceu o cinematógrafo.
Embora seja a França o país que reivindica para si a descoberta do cinema, com a invenção do cinematógrafo pelos irmãos Luis e Augusto Lumiére, não se pode dizer que esta invenção aconteceu isoladamente. Em outros países, várias experiências também estavam sendo realizadas.Os irmãos Louis e Auguste Lumière, franceses, conseguiram projetar imagens ampliadas numa tela graças ao cinematógrafo, invento equipado com um mecanismo de arrasto para a película.
Foi na França, na época em que os pintores impressionistas decompõem o movimento e a luz, que nasceu o cinematógrafo.
Embora seja a França o país que reivindica para si a descoberta do cinema, com a invenção do cinematógrafo pelos irmãos Luis e Augusto Lumiére, não se pode dizer que esta invenção aconteceu isoladamente. Em outros países, várias experiências também estavam sendo realizadas.Os irmãos Louis e Auguste Lumière, franceses, conseguiram projetar imagens ampliadas numa tela graças ao cinematógrafo, invento equipado com um mecanismo de arrasto para a película.
Na apresentação pública de 28 de dezembro de 1895 no Grand Café do boulevard des Capucines, em Paris, o público viu, pela primeira vez, filmes como La Sortie des ouvriers de l'usine Lumière (A saída dos operários da fábrica Lumière) e L'Arrivée d'un train en gare (Chegada de um trem à estação), breves testemunhos da vida cotidiana.
Mas o francês Georges Méliès não pensava assim e comprou um cinematógrafo, a máquina de filmar.
Como Méliès era mágico e diretor de teatro, conseguiu dar uma expressão dramática a seus filmes usando atores, cenários e figurinos.
Seu filme Viagem à Lua, de 1902, é considerado a primeira ficção científica do cinema. Dura 13 minutos e é inspirado nos romances de Julio Verne.
Mas o francês Georges Méliès não pensava assim e comprou um cinematógrafo, a máquina de filmar.
Como Méliès era mágico e diretor de teatro, conseguiu dar uma expressão dramática a seus filmes usando atores, cenários e figurinos.
Seu filme Viagem à Lua, de 1902, é considerado a primeira ficção científica do cinema. Dura 13 minutos e é inspirado nos romances de Julio Verne.
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Em 1903, o americano Edwin S. Porter fez um filme que acabou com as formas teatrais do cinema: "O grande roubo de trem" é considerado o primeiro bang-bang da história do cinema. Porter consegue descobrir o ritmo cinematográfico, mostrando várias ações simultâneas.Mas foi outro americano, David Ward Griffith, que mais contribuiu, na época, para a formação da linguagem cinematográfica.Dirigiu Intolerância (1915), com mais de duas horas de duração. Os filmes até então eram todos curtos.
Enormes primeiros planos, close, não somente de rostos, mas de mãos e objetos, mostravam a preocupação de Griffith em dar uma forma nova à narrativa, isto é, à maneira cinematográfica de contar história.
Se Edwin Porter descobriu o tempo, Griffith colaborou para modificar o espaço.
Nessa época, o filme era mudo. Não tinha som. Colocavam um pianista no palco para tocar, dando mais emoção às cenas.
Em 1927, o cinema falado causou grandes modificações na linguagem do cinema, e também alguns problemas: disfarçar o ruído do motor da câmera, afastar alguns atores cujas vozes eram muito finas causando riso no público, etc.No início, só se filmava à luz do dia. Depois descobriram recursos do claro e escuro com a luz artificial.
Por exemplo: o filme Nosferatu, o Vampiro (1922), inspirado nos quadros do movimento expressionista, dá à luz e à sombra um papel dramático. Novamente o cinema se inspira na pintura.
Descobridor de grandes talentos como as atrizes Mary Pickford e Lillian Gish, Griffith inovou a linguagem cinematográfica com elementos como o flash-back, os grandes planos e as ações paralelas, consagrados em The Birth of a Nation (1915; O nascimento de uma nação) e Intolerance (1916), epopéias que conquistaram a admiração do público e da crítica.
Enormes primeiros planos, close, não somente de rostos, mas de mãos e objetos, mostravam a preocupação de Griffith em dar uma forma nova à narrativa, isto é, à maneira cinematográfica de contar história.
Se Edwin Porter descobriu o tempo, Griffith colaborou para modificar o espaço.
Nessa época, o filme era mudo. Não tinha som. Colocavam um pianista no palco para tocar, dando mais emoção às cenas.
Em 1927, o cinema falado causou grandes modificações na linguagem do cinema, e também alguns problemas: disfarçar o ruído do motor da câmera, afastar alguns atores cujas vozes eram muito finas causando riso no público, etc.No início, só se filmava à luz do dia. Depois descobriram recursos do claro e escuro com a luz artificial.
Por exemplo: o filme Nosferatu, o Vampiro (1922), inspirado nos quadros do movimento expressionista, dá à luz e à sombra um papel dramático. Novamente o cinema se inspira na pintura.
Descobridor de grandes talentos como as atrizes Mary Pickford e Lillian Gish, Griffith inovou a linguagem cinematográfica com elementos como o flash-back, os grandes planos e as ações paralelas, consagrados em The Birth of a Nation (1915; O nascimento de uma nação) e Intolerance (1916), epopéias que conquistaram a admiração do público e da crítica.
Ao lado de Griffith é preciso destacar Thomas H. Ince, outro grande inovador estético e diretor de filmes de faroeste que já continham todos os tópicos do gênero num estilo épico e dramático.
Quando o negócio prosperou, acirrou-se a luta entre as grandes produtoras e distribuidoras pelo controle do mercado.
Esse fato, aliado ao clima rigoroso da região atlântica, passou a dificultar as filmagens e levou os industriais do cinema a instalarem seus estúdios em Hollywood, um subúrbio de Los Angeles.
Ali passaram a trabalhar grandes produtores como William Fox, Jesse Lasky e Adolph Zukor, fundadores da Famous Players, que, em 1927, converteu-se na Paramount Pictures, e Samuel Goldwyn.
As fábricas de sonho em que se transformaram as corporações do cinema descobriam ou inventavam astros e estrelas que garantiram o sucesso de suas produções, entre os quais nomes como Gloria Swanson, Dustin Farnum, Mabel Normand, Theda Bara, Roscoe "Fatty" Arbuckle (Chico Bóia) e Mary Pickford, que, em 1919, fundou, com Charles Chaplin, Douglas Fairbanks e Griffith, a produtora United Artists.O gênio do cinema silencioso foi o inglês Charles Chaplin, que criou o inolvidável Artigosgem Carlitos, mescla de humor, poesia, ternura e crítica social.
The Kid (1921; O garoto), The Gold Rush (1925; Em busca do ouro) e The Circus (1928; O circo) foram os seus filmes longos mais célebres do período.
Depois da primeira guerra mundial, Hollywood superou em definitivo franceses, italianos, escandinavos e alemães, consolidando sua indústria cinematográfica e tornando conhecidos em todo o mundo. Comediantes como Buster Keaton ou Oliver Hardy e Stan Laurel ("O gordo e o magro"), bem como galãs do porte de Rodolfo Valentino, Wallace Reid e Richard Barthelmess e as atrizes Norma e Constance Talmadge, Ina Claire e Alla Nazimova.
Em 1917 foi criada a UFA, potente produtora que encabeçou a indústria cinematográfica alemã quando florescia o expressionismo na pintura e no teatro que então se faziam no país.
O expressionismo, corrente estética que interpreta subjetivamente a realidade, recorre à distorção de rostos e ambientes, aos temas sombrios e ao monumentalismo dos cenários.Iniciara-se em 1914 com Der Golem (O autômato), de Paul Wegener, inspirado numa lenda judaica, e culminou com Das Kabinet des Dr. Caligari (1919; O gabinete do Dr. Caligari), de Robert Wiene, que influenciou artistas do mundo inteiro com seu esteticismo delirante. Outras obras desse movimento foram Schatten (1923; Sombras), de Arthur Robison, e o alucinante Das Wachsfigurenkabinett (1924; O gabinete das figuras de cera), de Paul Leni.
Convictos de que o expressionismo era apenas uma forma teatral aplicada ao filme, F. W. Murnau e Fritz Lang optaram por novas vertentes, como a do Kammerspielfilm, ou realismo psicológico, e o realismo social.
Murnau estreou com o magistral Nosferatu, eine Symphonie des Grauens (1922; Nosferatu, o vampiro) e destacou-se com o comovente Der letzte Mann (1924; O último dos homens). Fritz Lang, prolífico, realizou o clássico Die Nibelungen (Os Nibelungos), lenda germânica em duas partes; Siegfrieds Tod (1923; A morte de Siegfried) e Kriemhildes Rache (1924; A vingança de Kremilde); mas notabilizou-se com Metropolis (1926) e Spione (1927; Os espiões). Ambos emigraram para os Estados Unidos e fizeram carreira em Hollywood.Outro grande cineasta, Georg Wilhelm Pabst, trocou o expressionismo pelo realismo social, em obras magníficas como Die freudlose Gasse (1925; A rua das lágrimas), Die Büchse der Pandora (1928; A caixa de Pandora) e Die Dreigroschenoper (1931; A ópera dos três vinténs).
Quando o negócio prosperou, acirrou-se a luta entre as grandes produtoras e distribuidoras pelo controle do mercado.
Esse fato, aliado ao clima rigoroso da região atlântica, passou a dificultar as filmagens e levou os industriais do cinema a instalarem seus estúdios em Hollywood, um subúrbio de Los Angeles.
Ali passaram a trabalhar grandes produtores como William Fox, Jesse Lasky e Adolph Zukor, fundadores da Famous Players, que, em 1927, converteu-se na Paramount Pictures, e Samuel Goldwyn.
As fábricas de sonho em que se transformaram as corporações do cinema descobriam ou inventavam astros e estrelas que garantiram o sucesso de suas produções, entre os quais nomes como Gloria Swanson, Dustin Farnum, Mabel Normand, Theda Bara, Roscoe "Fatty" Arbuckle (Chico Bóia) e Mary Pickford, que, em 1919, fundou, com Charles Chaplin, Douglas Fairbanks e Griffith, a produtora United Artists.O gênio do cinema silencioso foi o inglês Charles Chaplin, que criou o inolvidável Artigosgem Carlitos, mescla de humor, poesia, ternura e crítica social.
The Kid (1921; O garoto), The Gold Rush (1925; Em busca do ouro) e The Circus (1928; O circo) foram os seus filmes longos mais célebres do período.
Depois da primeira guerra mundial, Hollywood superou em definitivo franceses, italianos, escandinavos e alemães, consolidando sua indústria cinematográfica e tornando conhecidos em todo o mundo. Comediantes como Buster Keaton ou Oliver Hardy e Stan Laurel ("O gordo e o magro"), bem como galãs do porte de Rodolfo Valentino, Wallace Reid e Richard Barthelmess e as atrizes Norma e Constance Talmadge, Ina Claire e Alla Nazimova.
Em 1917 foi criada a UFA, potente produtora que encabeçou a indústria cinematográfica alemã quando florescia o expressionismo na pintura e no teatro que então se faziam no país.
O expressionismo, corrente estética que interpreta subjetivamente a realidade, recorre à distorção de rostos e ambientes, aos temas sombrios e ao monumentalismo dos cenários.Iniciara-se em 1914 com Der Golem (O autômato), de Paul Wegener, inspirado numa lenda judaica, e culminou com Das Kabinet des Dr. Caligari (1919; O gabinete do Dr. Caligari), de Robert Wiene, que influenciou artistas do mundo inteiro com seu esteticismo delirante. Outras obras desse movimento foram Schatten (1923; Sombras), de Arthur Robison, e o alucinante Das Wachsfigurenkabinett (1924; O gabinete das figuras de cera), de Paul Leni.
Convictos de que o expressionismo era apenas uma forma teatral aplicada ao filme, F. W. Murnau e Fritz Lang optaram por novas vertentes, como a do Kammerspielfilm, ou realismo psicológico, e o realismo social.
Murnau estreou com o magistral Nosferatu, eine Symphonie des Grauens (1922; Nosferatu, o vampiro) e destacou-se com o comovente Der letzte Mann (1924; O último dos homens). Fritz Lang, prolífico, realizou o clássico Die Nibelungen (Os Nibelungos), lenda germânica em duas partes; Siegfrieds Tod (1923; A morte de Siegfried) e Kriemhildes Rache (1924; A vingança de Kremilde); mas notabilizou-se com Metropolis (1926) e Spione (1927; Os espiões). Ambos emigraram para os Estados Unidos e fizeram carreira em Hollywood.Outro grande cineasta, Georg Wilhelm Pabst, trocou o expressionismo pelo realismo social, em obras magníficas como Die freudlose Gasse (1925; A rua das lágrimas), Die Büchse der Pandora (1928; A caixa de Pandora) e Die Dreigroschenoper (1931; A ópera dos três vinténs).
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E daí por diante a história do cinema segue a té hoje criando clássicos que fizeram e fazem parte da nossa vida.
Nos próximos dias iremos postar filmes desde 1900 até os dias atuais, sendo escolhido um filme por ano. Então até mais com nossa lista.
Fonte: Texto retirado do site da companhia de salas de cinema movicom.
Nos próximos dias iremos postar filmes desde 1900 até os dias atuais, sendo escolhido um filme por ano. Então até mais com nossa lista.
Fonte: Texto retirado do site da companhia de salas de cinema movicom.